Perda óssea alveolar horizontal generalizada
A perda óssea alveolar horizontal generalizada em volta dos dentes é um processo patológico relacionado com doença decorrente principalmente da periodontite inflamação de origem infecciosa, que ocorre nos tecidos ao redor dos dentes. A inflamação gengival se estende em direção à estrutura óssea gerando a perda do osso.
O trauma de oclusão (trauma por forças da mordida) também pode causar perda óssea. No entanto, essa perda pode ocorrer não só na presença da inflamação, mas também na sua ausência. A maioria das pessoas tem a ideia errônea de que a osteoporose leva à perda óssea alveolar horizontal generalizada. Embora as duas doenças (osteoporose e periodontite) possam ocorrer concomitantemente, a osteoporose não é indicada como causa da periodontite e/ou perda óssea alveolar.
O processo de envelhecimento leva a modificações na estrutura óssea, como irregularidade na superfície do osso e menor capacidade de cicatrização. Diante da periodontite, o paciente idoso poderá apresentar maior perda tecidual porque é uma doença de característica crônica e porque existem modificações no processo de defesa do organismo que podem resultar em maior severidade da doença.
Desta forma, a perda óssea alveolar horizontal generalizada, que compromete a inserção dos dentes, é um processo patológico e não pode ser relacionado com o envelhecimento.
Sinais e sintomas de perda óssea alveolar horizontal generalizada
A perda óssea alveolar horizontal generalizada pode não apresentar dor, então é importante ficar atento a qualquer um dos sintomas a seguir:
- Gengiva inchada, vermelha, sensível ou com sangramento;
- Gengiva que recua ou se afasta do dente;
- Mau hálito persistente ou gosto ruim na boca;
- Dentes soltos;
- Pus visível em torno dos dentes e gengiva.
Como identificar uma possível perda óssea alveolar horizontal generalizada
As técnicas radiográficas permitem a observação da relação entre a altura (aproximada) da crista óssea alveolar com a junção amelocementária, uma das razões pelas quais os exames radiográficos são importantes ferramentas auxiliares no diagnóstico de periodontopatias.
Apesar das técnicas radiográficas mostrarem, com riqueza de detalhes, informações importantes ao clínico, devemos lembrar que as radiografias periapicais e interproximais, por exemplo, fornecem a projeção de uma imagem bidimensional (altura e largura) de um corpo tridimensional que possui altura, largura e profundidade. Em outras palavras, as radiografias periapicais e interproximais permitem apenas a observação no sentido mésio-distal das estruturas dentais. As tábuas ósseas vestibular e lingual/ palatal, não podem ser observadas por meio deste tipo de técnica.
A Tomografia Computadorizada permite a observação tridimensional de todas as estruturas que compõem um órgão dental e seu respectivo alvéolo: a superfície perirradicular e o tecido ósseo adjacente, e a junção amelocementária e sua relação com as corticais/tábuas vestibular e lingual (ou palatal) em tamanho real. A Tomografia Computadorizada também pode ser útil para o estudo das regiões de implantes, sendo assim, grande aliado ao tratamento de perda óssea.